Filho “02” de Bolsonaro agride o Nordeste. “Vai continuar sendo a pior região do país”, disse

 

Eduardo Bolsonaro Imagem: Hora do Povo

Derrota avassaladora do bolsonarismo por aquelas bandas não foi digerida até hoje, ao que tudo indica, pelo deputado paulista

Eduardo Bolsonaro, o filho do meio de Jair Bolsonaro, externou nesta quinta-feira (30), em suas redes sociais o desprezo que ele e sua família têm pelo povo brasileiro, particularmente pelo povo nordestino. O deputado, que se gaba de ter vivido nos Estados Unidos e ser um puxa-saco de Donald Trump, atacou o povo de Pernambuco e disse que “esta é a pior região do país”.

Ao receber uma mensagem onde o internauta afirmava que não concorda com a disseminação de armas de fogo, defendida pelo deputado como solução para a Segurança Pública, e que a direita não ia se criar no Nordeste, o “02” disse: “então vai continuar sendo a pior região do país, com mais criminalidade, pior educação e etc”. “Não venha reclamar depois”, afirmou o deputado.

Leia abaixo a troca de mensagens

Imagem: Hora do Povo

O “valentão” insistiu na ideia de disseminar armas entre bandidos – que ele chama de “cidadãos de bem”. São “cidadãos de bem”, por exemplo, para ele, Ronnie Lessa, assassino confesso de Marielle Franco – e, por coincidência, vizinho de Jair Bolsonaro na Barra – e Adriano Nobrega, intimamente ligado a Flávio Bolsonaro, em cujo gabinete foram contratadas como funcionárias fantasmas a mãe e a ex-mulher do pistoleiro de aluguel. Adriano foi fuzilado na Bahia e numa das casas de Lessa foram encontrados dezenas de rifles e metralhadoras.

O desprezo de Jair Bolsonaro pelo Brasil já era conhecido de todos e ficou bastante evidente nos quatro anos em que ele vivia reverenciando as bandeiras dos EUA e de Israel. Ficou também patente quando ele fez de tudo para vender as empresas mais importantes do país, como a Petrobrás e a Eletrobrás para grupos privados e estrangeiros, E também quando ele chamou o bilionário americano Elon Musk para “tomar conta” da Amazônia brasileira.

Mas o que Eduardo Bolsonaro destilou desta vez contra os nordestinos, além de tudo isso, revela também um profundo recalque pela derrota que o bolsonarismo sofreu nas urnas naquela região do país.

Outro exemplo marcante das “pessoas de bem” que o “02” quer armar foram os episódios ocorridos nas vésperas das eleições do ano passado. O primeiro foi Carla Zambelli, bolsonarista de quatro costados, correndo com arma em punho, no meio da rua, em São Paulo, perseguindo um jornalista negro com a intenção de matá-lo a tiros por um negado insulto contra ela.

O segundo foi aliado de Jair, Roberto Jefferson, outro citado como mais um “cidadão de bem”, atirando com fuzil e jogando granadas contra policiais federais que foram cumprir ordem de prisão em sua casa no interior do Rio de Janeiro. Era sobre episódios desse tipo que se referia o internauta quando cobrou de Eduardo Bolsonaro que disseminar armas não era a solução para os problemas de Segurança Pública.

O interlocutor, corretamente, argumentava que este não era o cominho. Que o que “é necessário são bons administradores e não gente armada na política”. Mas, o deputado, um fanático com ideia fixa sobre armas, respondeu que “quando o bandido armado vier te roubar – ou fazer algo pior – diga a ele que precisamos de bons administradores”,

Ou seja, o ridículo arauto do golpe com “dois cabos e um sargento”, defende é que pessoas como Carla Zambelli, Roberto Jefferson, Ronnie Lessa, Adriano da Nóbrega e outros fascistas desse tipo se armem até os dentes e saiam por aí matando quem eles consideram que não são “cidadãos de bem”.

Foi o que se viu, por exemplo, no episódio do guarda municipal e tesoureiro do PT Marcelo Aloizio de Arruda, de 50 anos, que foi morto a tiros por um bolsonarista ensandecido em Foz do Iguaçu (PR), durante sua a festa que tinha como tema o presidente Lula. O povo do Nordeste foi decisivo para enterrar toda essa visão fascista de Eduardo Bolsonaro e sua família. O recalque tem razão de ser.

Fonte: Portal Hora do Povo

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